A PARTE ... QUE NOS CABE
Autor:Antonio Souza
Um traço marcante... f.1
Naquela linha no horizonte
Cheia de recortes...Do Céu!
Do Mar! Minhas miragens
Dormem no amarelo fogo
Que tingem aquelas silhuetas
Aprumo o corpo...solitário!
Num banco de madeira a
Beira mar...as horas passam
Pássaros voam em algazarras
No toque surdo das ondas
Cheia de odores...na praia
Tudo se modifica...nada
É exatamente,como ontem
As alegrias,as tristezas as
Saudades...penso! nas
Desavenças indigestas
Exaustivamente expostas
Releio minhas origens
Num passado... cheio de
Aventuras pela sobrevivência
Imposto desde o berço
Numa temperamental
Costuras dos egos-relutantes
Desvio meu olhar ao
Brilho estampado do sol
Num avião...que passa
Um atributo subjetivo
Usado em proveito próprio
Eu aqui...absorto!
Como um velho lobo do mar
Cansado, sem malimolencia
Aqui estou me carregando
Vivendo! Instigo a memória
Com as migalhas oferecidas
De tantos anos trabalhados
Haja bocas pra sustentar
A minha própria!boca
Movimento os olhos na
Orgia vivas de folhas
No vento a lhes roçar
Um contraponto!
Vôo para o meu interior f..2
Minha consciência absoluta
Sou republicano
Nem só de novela vive
A família brasileira
Toca-se uma Republica
Vivemos uma demanda
De Mercado!Democracia
O brasileiro demanda
Por Democracia
Vislumbro vive-la,em sua
Plenitude ...Tenho tempo?
Aprender as concretas
Políticas republicanas
Tudo se atrofia sem educação
O povo fala a Republica
Você nos trouxe a Democracia
Vivem de mãos dadas
Viva a Vida ...Viva a Republica.que
Poderia ser Parlamentarista,onde a
Velha política...velhos dogmas se
Afogariam.Mas! temos Direitos e
Deveres e temos obrigações
Obrigados!...
A votar! Uma obrigatoriedade
Em nossa democracia para
Escolher um ficha limpa a
Escolha tem que ser Democratica
Não preciso votar pra viver
Uma Democracia
De nossas entranhas civis
Saem as matizes políticas
Que regem este país uns
Aparecem como cometa no
Vácuo político ,outros farão
A graça e desgraça de um povo
Minhas relações sociais em
Favor da Democracia
Rivalizar a espontaneidade
Vivenciada onde o sol esparrama
Luz... haja comunicação sem
Informação não há democracia
Da Justiça nada posso falar f.3
Só querer ... Justiça! Das injustiças
Tudo posso compreender
Caros processos ...caros juízes!
Democracia e Justiça...Amantes
Plenitude amorosa ,feita para o povo
Revigoro meus pensamentos
Mas ainda há tanto corporativismo
Fico em pé,absorvendo esta brisa
Marinha!,o sol sufocante lá se vai
A manhã ,deitada em nuvens
Quebradiças,coloco meu óculos escuro
Me curvo em alongamentos com
Os pés enfiados na lama...produzida
Pela arrebentação da água do mar
Na areia ,relaxo!percorro o olhar nos
Nos vôos livres de pássaros marinhos
A estas horas!,vou tomar uma gelada...
Vida Nova
autor: Antonio Souza
corro ingrime em solo rochoso
de olho num profundo...negro...
abismo...as pedras,esfolam os
pés,encharcam a alma de tensões
já não enxergo meu descontrole
nem o tempo desta corrida,durmo
ou estou morto?finjo que não sei
nada doí,sou meu próprio torpor
enigmático,curioso em alucinações
escorrego em adjetivos e verbalizo
meu espirito já alcoolizado de
tanto correr,digo em voz alta para
ninguém...estou com sede,experimento
a boca seca..passo a língua pelos
dentes num forte suspiro...durmo!
volto no ponto onde parei,me servem
um jarro com água,beberico este
mundo novo...
“A” AMO
Amo a letra “A”...como tantas...outras letras
Mas “A” tem tons aromas,se quiseres acentos...
Vive meu momento atônito , curte meu olhar...
Alienado,adoça-me,me admira ,me chama de “A”
Adorável ...adoeço no amar.Adubo pra muito alem
Esta amada do meu finito alcance.Alego na alegria
Da minha alcova ,advogar sobre teu corpo...Oro!
Aceno ao meu acervo de esquecimentos! Abro-o
Acento na forma contida, letras! Amarelos
Acesso a ira dos desejos! Aceso . ..arrasto
Meus acessórios... de trabalho.Adulo-te
Sem advertências, em abraços de amores
Nada como pudesse ser tão perspicaz! Arrogar
A ansiedade d’alma,ando arrimo de ejaculatórias
Arrisco... arisco um galho de arruda no vão da orelha
Autômato ! Meu arsenal de ideias arde na fluorescência
Do amor! Mais que avivar no azeite a minha arrogância
Fui avisado ...! No meu axioma.Isto azedou minhas
Averbações ,avinagrado, saio as avessas. Irei me aventurar
Nestas avenidas como artesão! Adubarei todos os canteiros
Com amor...aberto,adoidado,alcoolizado,porem atento!
Andarei sobre as metáforas do conhecimento...